Júpiter

12 de dez. de 2008












A imensidão sempre me atraiu. Sempre imaginei que eu estava predestinado ao colossal, à magnitude do universo, ao infinito. Por isso parti em busca da sabedoria suprema, do conhecimento que poderia me tornar imenso como meus sonhos.
Descobri então que o maior sábio da humanidade morava na China, em um grande templo, localizado na maior montanha de uma enorme cordilheira. Não era de se estranhar. Era normal que o maior sábio de todos morasse no maior e mais populoso país do mundo. Enfrentei enormes perigos e demorei muitos anos, até que um dia cheguei à casa do mestre.
Como foi imensa minha decepção. Era uma casinha insignificante e pobre no meio da grandiosidade das montanhas. E minha decepção aumentou ainda mais quando vi o grande sábio. Era um homenzinho raquítico, quase um anão, nem mesmo suas barbas eram longas, tudo nele era pequeno e frágil. Mas não desanimei. Perguntei a ele como poderia obter a grande sabedoria do universo.
O velhinho sorriu, com a calma típica dos grandes sábios e mandou que eu me deitasse de bruços no chão. Então, ele pediu que eu olhasse. Vi um mundo ao qual eu não conhecia: formigas trabalhando, folhas caídas no chão, gotas de orvalho e grãos de areia. Ele pediu que eu observasse bem, pois ali estava toda a sabedoria do universo. Percebi que eu era menor do que aquele pequeno mundo. Fiquei ali, paralisado perante a descoberta. Através do minúsculo, encontrei finalmente a imensidão.
OS PLANETAS

1 comentário(s):

Ariane Rodrigues disse...

Eita, menino dos planetas! Não sei de qual gosto mais! Fico aqui ansiando por Vênus... Beijos.