Sinfonia dolorosa

12 de mai. de 2014














O ritmo das lágrimas 
goteja em meus ouvidos.
A sinfonia dissonante
me toca em sustenidos.
Sou instrumento grave
gravemente ferido
ressoando cantos de mim.


O Prisioneiro- parte final

8 de mai. de 2014

A Liberdade?

















Ele finalmente estava livre? 

Sem truques, sem vendas, sem algemas ou correntes. Livre de qualquer prisão: corporal, intelectual ou psíquica. Agora ele conhecia outra realidade sobre si mesmo. E percebeu que não precisava abandonar seu corpo para ser livre, pois a verdadeira prisão era íntima e interior e o acompanharia em qualquer lugar em que estivesse. O verdadeiro cárcere era ser prisioneiro de si mesmo. 

Ele percebeu que em  qualquer lugar poderia ser livre, até mesmo em suas antigas prisões. Bastava entrar no fundo do seu ser e conhecer os detalhes de si mesmo, saber que era incompleto e que caminhava sempre em direção ao futuro. Ele sorriu perante  o estranho paradoxo. Ele era seu próprio carcereiro. 

A chave para sua prisão esteve sempre ao seu alcance e ele nunca viu.