Palavras podres
13 de abr. de 2009
Pútridas frases apodrecem mortas,
expelem da boca que exala odores,
moribundas saltam causando dores
aos ouvidos frágeis querendo notas.
Decompostas no esterco das palavras,
libertam todo o nojo dos meus versos,
causam vômito nos que são avessos
à textura das minhas podres larvas.
Se causa náusea as palavras que disse,
lamento tanto teu intestino fraco,
pois nosso destino é cuidar do porco
que fuça na lama da nossa alma,
onde a consciência perdeu a calma,
atolada pra sempre na imundície.
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3 comentário(s):
Weslwy,seu poema me lembrou muito Augusto dos Anjos,mas talvez com mais lirismo.Suas metáforas são sempre excelentes,meu amigo.Parabéns.Abraço.
Concordo com o James. Me lembrou o Augusto dos Anjos e um quadro do Van Gogh que se chama "Campo de trigo com corvos"... O uso da hipérbole foi muito bem empregado causando um efeito de repulsa gradativo intensificado a cada verso. Bjo.
Qualquer semelhança com Augusto dos Anjos NÂO é mera coincidência. Pensei até em colocar uma dedicatória ao grande poeta, mas acho que não precisa. Como vocês perceberam, fica nítida a homenagem.
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