Somewhere in time- parte final

20 de dez. de 2014
















Londres, algum lugar no futuro



McBrain acompanhou o Sr. Edward até a sala secreta, na sede da WSF. McBrain mostrou-lhe a caixa de Metalium com os documentos secretos. Era possível perceber o prazer no olhar do Sr. Edward ao ver os documentos pela primeira vez.

- Finalmente. Você não imagina como esse documentos foram citados no meu treinamento.

- Imagino sim. Passei pelo mesmo treinamento. Mas penso que  você esteja mais interessado ainda nas minhas revelações finais.

- Sim, esperei anos por isso. 

Edward seria o substituto de McBrain na chefia da WSF. Ele precisava ter acesso às informações que ainda desconhecia. Partiram para o Laboratório Central de Londres. Em uma sala, conservado em uma câmara criogênica, estava um fóssil congelado. Edward aproximou-se para observar. Eram os esqueletos de três homens, cada um segurando uma cápsula eletrônica. Na noite em que Steve e Bruce partiram, McBrain já sabia sobre o destino deles. Foi por isso que ordenou que enterrassem a caixa logo depois da perseguição em Londres, pois morreriam brevemente e era necessário passar adiante as informações vitais para o futuro. 

Quatro anos antes, McBrain realmente não sabia sobre o futuro. As informações da caixa permitiam saber apenas que a última perseguição a Alexandre havia acontecido em Londres, em 1666. Daí em diante não sabiam mais nada. Se Alexandre e os agentes tivessem permanecido no passado, a qualquer momento da história poderiam causar a entropia. Os líderes da WSF permaneceriam angustiados pela dúvida, pois os efeitos da catástrofe temporal poderiam acontecer a qualquer momento, poderia levar minutos, anos, séculos, milênios, mas se o passado tivesse sido alterado, uma hora ou outra a entropia poderia destruir o universo. 

Mesmo se Alexandre voltasse para o futuro, ainda havia o risco de ele ter descoberto o segredo que tanto procurava. Isso, com certeza, modificaria o mundo como o conheciam, e poderia também levá-lo à destruição, pois o homem não estava preparado para conhecer os segredos cósmicos. A única saída seria Steve e Bruce capturarem Alexandre e levá-lo até a WSF. Se ele não tivesse conseguido seu objetivo, seria apenas preso. Mas se tivesse conseguido, pelo bem da humanidade, deveria ser morto. 

Com a descoberta dos fósseis, McBrain e todos os líderes da WSF se sentiram aliviados. As análises comprovavam que eles haviam ido direto de 1666 até o incidente na Antártida. Era a prova de que Alexandre e os agentes haviam morrido no passado, impedindo-os de cometerem possíveis modificações na história e guardando para sempre o segredo que Alexandre buscava. McBrain levou seus melhores agentes para a morte naquela noite. Ele sabia que eles não retornariam. Foram dois minutos que pareceram séculos, dois minutos de culpa. Naquela nite, ele decidiu que iria se aposentar. Através dos estudos dos cientistas, foi possível saber o que havia acontecido mil anos antes , naquela caverna da Antártida. McBrain explicava para o Sr. Edward. ,as nenhuma explicação poderia exprimir a sensação de de desespero de Steve e Bruce ao verem Alexandre destruindo sua cápsula temporal.

Por Deus, o que você fez, seu louco! Gritou Steve, desesperado.

Ele quebrou a cápsula. Sem, ela as nossas também não funcionam. Maldito, você nos prendeu no passado para sempre.

Sei muito bem o que me espera no futuro, prefiro morrer aqui. É o fim para nós três.

Filho da puta! Steve avançou sobre Alexandre e agarrou-lhe o pescoço.

Steve, espere. Talvez haja uma chance...
Steve respondeu, mas sua voz foi abafada pelo estrondo da explosão. Toneladas de pedra caíam sobre o corpo de Bruce. Steve largou o pescoço de Alexandre e correu para junto de seu amigo.

Bruce, não! Olhe o que você fez, miserável! Steve estava fora de si. Nem todo o seu treinamento poderia acalmá-lo naquela hora. Ele avançou como um louco sobre Alexandre, os dois já entendiam o que estava acontecendo. O vulcão havia entrado em erupção. A lava jorrava pelas frestas da caverna e começava a cobrir as pedras sobre o corpo caído de Bruce.

Nós vamos morrer, maldito, por sua culpa! Bruce estrangulava Alexandre. O jovem retirou um punhal que trazai consigo e perfurou o abdômen de Steve. O agente caiu gemendo no chão. Alexandre encostou-se na parede. O terremoto continuava. A lava se aproximava, cobrindoas pedras e o agentes mortos. Em breve ela a alcançaria. Alexandre pensou em sua casa, em seus pais, no futuro ao qual ele pertencia. Ele morreria ali, sozinho em uma terra gelada e fria, fora do seu tempo. Todos os seus sonhos estavam perdidos. Alexandre observou o punhal ensangüentado. O vapor do gelo derretido penetrava por suas narinas, quase o entorpecendo. Ele cortou os pulsos profundamnete e vagarosamnete. Enquanto o sangue escorria, Alexandre fechava os olhos cheios de lágrimas. Parecia que ele flutuava. Era quase possível ver o seu próprio corpo sendo soterrado pelas pedras e coberto pela lava.

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